14 janeiro 2010

Palha para o TGV

" [Se Portugal construir o TGV] Lisboa pode-se transformar, por exemplo, na praia de Madrid, em termos de condições turísticas, as condições que nós temos para desportos novos como o surf ou se nós pensarmos na articulação que Lisboa pode ter com Setúbal, com Cascais, com Sintra. Há um conjunto de ideias e de oportunidades que importa explorar para aproveitarmos o que esta ligação pode trazer. "


"
Quando o comboio foi introduzido no século XIX, provavelmente as carroças que eram puxadas a cavalos caíram e, se calhar, na altura, os agentes económicos que estavam ligados à exploração das carroças, e que levavam as pessoas, ficaram extremamente tristes e todas as indústrias que estavam associadas, a indústria da palha, por exemplo. Reparem os industriais que estavam preocupados com o abastecimento da palha para os cavalos ficaram preocupadíssimos porque, de facto, a sua indústria caiu. "


Pessoalmente, agradeço ao ministro António Mendonça as mais que justas e sérias razões para o investimento e, solidário, também estou extremamente triste e preocupadíssimo mas porque notei, na última vez que fui a Lisboa, que o cavalo do D. José, no Terreiro do Paço, estava algo esquelético, sei-o agora, devido ao corte no abastecimento de palha.


Angustiado, faço um apelo ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa para que contrate, com um desses industriais desempregados, por ajuste directo, o fornecimento da necessária ração, nem que, para tal, sacrifique a Red Bull Air Race.

Construa-se o TGV, mas, acima de tudo, salve-se o cavalo de D. José!

1 comentário:

Jordão disse...

Entre essa história da palha, do Red Bull, dos contentores de Alcântara e o deserto da margem sul, em termos humorísticos, prefiro a última. Mas ainda assim acho António Mendonça está ao nível dos seus compinchas.