O PSD-Açores é o pai da Autonomia regional açoriana. Sobre este facto não existem grandes dúvidas, até mesmo junto dos restantes partidos políticos nos Açores. É um facto histórico. Pelo contrário, o PS e César, em particular, no pós-25 de Abril revelaram-se centralistas e tomaram o lado oposto ao dos Açores, naquela que deverá ter sido a mais difícil luta e conquista do Povo Açoriano. Na verdade, reconheça-se, o PS e César acabaram por mudar de opinião e hoje parecem ser grandes autonomistas. Se mudaram de opinião porque perceberam que a governação dos Açores pelos Açorianos é o melhor caminho para o nosso desenvolvimento, ou se a alteração foi apenas de forma e não de conteúdo, de pouco interessa. Hoje dizem-se autonomistas e isso é importante!
Está nos genes do PSD-Açores a defesa e o aprofundamento da Autonomia açoriana. É, portanto, sem surpresa que vemos o grupo parlamentar social-democrata apresentar, na ALRA, um projecto de resolução para revisão da Constituição, no que diz respeito às Regiões Autónomas. É um projecto audaz, com propostas que defendem, acima de tudo, o interesse dos Açorianos, em todas as vertentes, não só no âmbito dos poderes, mas também na vertente histórica, cultural e social.
O projecto pode ser consultado na íntegra aqui, mas realço apenas algumas das propostas. A instituição de um círculo eleitoral para a eleição de Deputados ao Parlamento Europeu assume uma importância capital, pois como sabemos a EU vai crescendo e o número de representantes não pode acompanhar esse crescimento. Portugal já perdeu dois eurodeputados e poderá perder mais. A eliminação da proibição da constituição de partidos regionais. A extinção do representante da republica. A caracterização de Portugal como um Estado com Regiões Autónomas. Fundamentação do regime autonómico dos Açores e da Madeira nas suas características geográficas, económicas, sociais e culturais e nas históricas aspirações autonomistas dos Povos Açoriano e Madeirense.
Sejamos realistas, este projecto poderá nem sequer vir a ser mais do que isso, um projecto. Mas, o PSD-Açores marcou a sua posição e vai à luta pelos Açores. Os outros, eventualmente, virão atrás. A História repete-se.
3 comentários:
A tragicomédia do PSD-A volta a autoalimentar-se. Aquando das europeias a liderança não se conseguiu impor e levaram com a Patrão Neves nas trompas. Nas legislativas reincidiram com os eternos perdedores e fantasmas do passado J.Ponte e M.Amaral, para não levantar ondas (em equipa que perde não se mexe). Nas autárquicas foi a hecatombe que se viu. Agora é a questão do vice-rei.
A minha pergunta, como social-democrata é a seguinte:
1- uma liderança que não se consegue afirmar dentro do seu próprio partido, tem condições para afirmar o partido na sociedade?
2-Qual é a credibilidade politica da actual liderança do PSD-A?
Veja o PS da Madeira. Está na oposição, tal como o PSD nos Açores e devido à redução de representatividade de Portugal no PE, não conseguiu eleger deputado. A Madeira só tem o eurodeputado do PSD.
O PSD dos Açores conseguiu manter a sua representatividade. A lei da paridade é determinante.
A Prof. Maria do Céu, não nos esqueçamos, foi a primeira pessoa a falar aos lavradores açorianos que quota leiteira ia acabar e tem feito um excelente trabalho no PE.
A actual liderança do PSD Açores, ao conseguir manter a sua representação no PE, teve uma enorme vitória. Além do facto de ter ganho as eleições.
Como anónimo, não pode se assumir nem como "social-democrata" nem como nada, já agora. Se quer fundamentar as suas opiniões, o primeiro passo é revelar a sua identidade. De outra forma, e infelizmente porque era interessante debater as questões que levantou, com o devido respeito digo-lhe que não há credibilidade no seu comentário.
depeis donte eles já andim em movemento, Rui, come se preveu.
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