Neste que é o seu último Natal como secretário de Estado do Desporto, não posso deixar de lhe desejar um bom e retemperador descanso, na casinha do Gerês, partilhando eventualmente uma amena cavaqueira com o seu vizinho, aquele que, de vez em quando, vai lá ao quintal tirar-lhe umas quantas peças de fruta ou de hortaliça, já não sei muito bem, na certeza de que o merece pelo seu esgotante esforço ao longo destes anos. Na minha memória, e para a sua história como governante, ficam a sua dedicação total a apoiar o António do Dr. Horta e a FPF para correr com Queiroz. E o total alheamento do combate à corrupção desportiva, tarefa que, no seu dizer, não competia ao Estado mas aos órgãos próprios da actividade em causa. E, para nosso bem, perder a organização do Mundial de Futebol. É pouco. É porventura injusto da minha parte, eu sei. Mas acredite que fiz um esforço hercúleo para descobrir mais, mas não consegui, por absoluta incapacidade minha, insisto, embora V. Exª tenha feito parte de um Governo que, parecendo querer mudar tudo, pouco fez, e o que fez, fê-lo mal. No entanto, confio que, um dia, alguém, muito mais capaz e talentoso do que eu, lhe há-de fazer justiça. E será muita, de certeza. A si e ao Governo.
P.S - Julgo que o mesmo vizinho, entre duas cavadelas na terra, lhe explicará, filosoficamente, como um pé se transforma numa mão, sem recurso a qualquer cirurgia e sem que alguém fique espantado, pois, no jogo jogado, chuta-se sempre com o pé que está mais à mão. Apesar de ser conversa privada, se no-la transmitir, será um acto de solidariedade nacional.
1 comentário:
o sócrates dos açores escreveu fim de semana de simulação, rá rá rá, tá parvo ou quê?
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