A abstenção do passado Domingo não pode servir para justificar os resultados, ponto. A abstenção do passado Domingo deve, isso sim, ser motivo de uma profunda reflexão por parte, não só, dos partidos políticos, mas também estudiosos, pessoas interessadas, responsáveis de poder local (de todas as zonas: rural e urbano), jovens, responsáveis de organizações económicas, sociais, etc., no fundo todos os que podem dar uma visão compreensiva da realidade que melhor conhecessem e do quadro geral.
Devemos ter como ponto de comparação a Madeira. Porque razão a abstenção na Madeira é recorrentemente mais baixa que nos Açores? Somos socialmente semelhantes e politicamente os madeirenses até teriam mais razões para não votar nestas eleições do que nós, desde logo devido à longa governação Jardim, mas também porque já sabiam que dificilmente iriam eleger mais do que um eurodeputado. Haverá um envolvimento excessivo do sector público na sociedade açoriana? Por exemplo, dos eixos de desenvolvimento da Comunicação da Comissão Europeia de 2004 para as RUP, os que dependem directamente do Governo regional estão a ser desenvolvidos, bem ou mal: o das acessibilidades, o da inserção regional e do da defesa ambiental, no entanto o do desenvolvimento económico, para o qual depende definitivamente o sector privado, continua por desenvolver, como bem se vê. Apesar de tudo, na Madeira há espaço para o desenvolvimento privado, há espaço para o exercer de uma cidadania activa. Porém, as razões para as disparidades entre as taxas de abstenção dos Açores e Madeira não podem ficar por aqui, deve haver mais.
É certo que o recenseamento automático deu outra dimensão aos números da abstenção. No entanto, e se descontarmos a questão da actualização dos eleitores que vão falecendo, os números da abstenção destas Europeias é que são os reais, pois até aqui, sem o recenseamento automático, estávamos perante uma realidade camuflada (ao estilo dos números do desemprego).
Dois outros actos eleitorais estão para acontecer ainda este ano, deste modo e apesar de tudo, este será o momento para reunir, debater, reflectir e, quem sabe, encontrar soluções.
Devemos ter como ponto de comparação a Madeira. Porque razão a abstenção na Madeira é recorrentemente mais baixa que nos Açores? Somos socialmente semelhantes e politicamente os madeirenses até teriam mais razões para não votar nestas eleições do que nós, desde logo devido à longa governação Jardim, mas também porque já sabiam que dificilmente iriam eleger mais do que um eurodeputado. Haverá um envolvimento excessivo do sector público na sociedade açoriana? Por exemplo, dos eixos de desenvolvimento da Comunicação da Comissão Europeia de 2004 para as RUP, os que dependem directamente do Governo regional estão a ser desenvolvidos, bem ou mal: o das acessibilidades, o da inserção regional e do da defesa ambiental, no entanto o do desenvolvimento económico, para o qual depende definitivamente o sector privado, continua por desenvolver, como bem se vê. Apesar de tudo, na Madeira há espaço para o desenvolvimento privado, há espaço para o exercer de uma cidadania activa. Porém, as razões para as disparidades entre as taxas de abstenção dos Açores e Madeira não podem ficar por aqui, deve haver mais.
É certo que o recenseamento automático deu outra dimensão aos números da abstenção. No entanto, e se descontarmos a questão da actualização dos eleitores que vão falecendo, os números da abstenção destas Europeias é que são os reais, pois até aqui, sem o recenseamento automático, estávamos perante uma realidade camuflada (ao estilo dos números do desemprego).
Dois outros actos eleitorais estão para acontecer ainda este ano, deste modo e apesar de tudo, este será o momento para reunir, debater, reflectir e, quem sabe, encontrar soluções.
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