O jovem deputado César assinou um artigo no AO onde insinua que a blogosfera é composta de uns quantos cobardes anónimos que, certamente, interpreto eu, se escondem sob a capa da impessoalidade de um qualquer nome para denegrir a seriedade, o bom nome e o trabalho daqueles que, como o próprio, se dedicam altruisticamente à causa pública.
Não conheço o jovem César, apenas sabendo, pelos panfletos de campanha, que o mesmo é filho do seu poderoso pai, que é estudante e, vai fazer um ano, deputado regional, desconhecendo-lhe obra produzida, talvez por ignorância ou falta de pesquisa minhas. Aliás, neste aspecto, não saberei mais do que os demais açorianos, sendo que, por ser defensor acérrimo da vida privada, me é completamente indiferente o que o mesmo faça da e na dele. Interessa-me, apenas, aquilo que o mesmo produza enquanto representante eleito e o respectivo reflexo na vida dos cidadãos e, por isso, o que diz em público, público é.
Nesse aspecto, o jovem deputado César deu o corpo à crítica uma vez que, como escreveu, sendo “os Açores, mesmo grandes, mesmo dispersos geograficamente por 9 ilhas, 19 concelhos e 156 freguesias, são uma terra pequena, onde factos e histórias de vida se entrecruzam”, é vox populi que o mesmo nunca terá trabalhado na vida, com excepção de estudar, até ser eleito deputado (desde já me penitencio publicamente, se tal não corresponder à verdade), além de ser filho de quem é.
Por isso não causará surpresa que o mesmo tenha aposto a sua assinatura em frases como esta: “o curioso mesmo é que um debate no twitter ou até mesmo no facebook, é sempre muito mais frontal, porque identificado, do que um debate na blogosfera, onde a páginas tantas somos confrontados por anónimos, que não assinam por 1001 razões”.
Mostrando, neste particular, estar aquém e além da realidade diária daqueles que labutam duramente, mas nunca dentro dela, ainda acrescentou que o recurso ao anonimato na blogosfera se deveria a razões tão singelas e, para ele, tão patéticas quanto estas: “O meu patrão, se descobre, despede-me, e outras coisas tão ou mais engraçadas que nos trazem à memória outras histórias menos contundentes mas tão ou mais hilariantes”.
Obviamente que isto de se pretender escrever umas quantas ideias, por mais claras e acertadas que sejam, em contra-ciclo com as orientações e o pensamento unidireccional do “patrão”, e, simultaneamente, ter de pensar no respectivo ganha-pão e no futuro da família, é impensável, em democracia, pois a mesma até permite a liberdade de expressão e ele, Francisco César, até é a prova disso (não que discorde do patrão mas porque diz o que pensa, o que é salutar e de louvar), sendo um exemplo para todos nós, incluindo os cobardolas do Metropolitano Açores.
Aliás, com uma afirmação tão veemente como esta, a blogosfera poderá estar descansada porque, nos Açores, não haverá qualquer tique de censura, como na China, e, além disso, teremos a garantia (palavra de deputado!) de que em quaisquer serviços públicos (os privados é outra coisa) se houver algum funcionário mais afoito a emitir opiniões diferentes das respectivas chefias, jamais será remetido para um qualquer cubículo, sem distribuição de trabalho, apenas por ser diferente. Em nome da liberdade de expressão, claro!
Não conheço o jovem César, apenas sabendo, pelos panfletos de campanha, que o mesmo é filho do seu poderoso pai, que é estudante e, vai fazer um ano, deputado regional, desconhecendo-lhe obra produzida, talvez por ignorância ou falta de pesquisa minhas. Aliás, neste aspecto, não saberei mais do que os demais açorianos, sendo que, por ser defensor acérrimo da vida privada, me é completamente indiferente o que o mesmo faça da e na dele. Interessa-me, apenas, aquilo que o mesmo produza enquanto representante eleito e o respectivo reflexo na vida dos cidadãos e, por isso, o que diz em público, público é.
Nesse aspecto, o jovem deputado César deu o corpo à crítica uma vez que, como escreveu, sendo “os Açores, mesmo grandes, mesmo dispersos geograficamente por 9 ilhas, 19 concelhos e 156 freguesias, são uma terra pequena, onde factos e histórias de vida se entrecruzam”, é vox populi que o mesmo nunca terá trabalhado na vida, com excepção de estudar, até ser eleito deputado (desde já me penitencio publicamente, se tal não corresponder à verdade), além de ser filho de quem é.
Por isso não causará surpresa que o mesmo tenha aposto a sua assinatura em frases como esta: “o curioso mesmo é que um debate no twitter ou até mesmo no facebook, é sempre muito mais frontal, porque identificado, do que um debate na blogosfera, onde a páginas tantas somos confrontados por anónimos, que não assinam por 1001 razões”.
Mostrando, neste particular, estar aquém e além da realidade diária daqueles que labutam duramente, mas nunca dentro dela, ainda acrescentou que o recurso ao anonimato na blogosfera se deveria a razões tão singelas e, para ele, tão patéticas quanto estas: “O meu patrão, se descobre, despede-me, e outras coisas tão ou mais engraçadas que nos trazem à memória outras histórias menos contundentes mas tão ou mais hilariantes”.
Obviamente que isto de se pretender escrever umas quantas ideias, por mais claras e acertadas que sejam, em contra-ciclo com as orientações e o pensamento unidireccional do “patrão”, e, simultaneamente, ter de pensar no respectivo ganha-pão e no futuro da família, é impensável, em democracia, pois a mesma até permite a liberdade de expressão e ele, Francisco César, até é a prova disso (não que discorde do patrão mas porque diz o que pensa, o que é salutar e de louvar), sendo um exemplo para todos nós, incluindo os cobardolas do Metropolitano Açores.
Aliás, com uma afirmação tão veemente como esta, a blogosfera poderá estar descansada porque, nos Açores, não haverá qualquer tique de censura, como na China, e, além disso, teremos a garantia (palavra de deputado!) de que em quaisquer serviços públicos (os privados é outra coisa) se houver algum funcionário mais afoito a emitir opiniões diferentes das respectivas chefias, jamais será remetido para um qualquer cubículo, sem distribuição de trabalho, apenas por ser diferente. Em nome da liberdade de expressão, claro!
No mais, o twitter é que é bom porque é moderno, mostra que quem o usa é fashion e lá até podemos “falar” de qualquer pessoa que esteja ao nosso lado, sem termos a maçada de a interpelar e confrontar com ideias diferentes ou com as suas próprias contradições, não termine aquilo numas quaisquer bastonadas queirozianas, ou (ironia!) se possa recorrer ao mesmo por não se ter ideias para expor ou contrapor, pois o importante é a identidade.
Moral da estória? Sem saber explicar a razão, tudo isto me faz lembrar as pequenas discussões que tinha com o meu pai relativamente aos aumentos de mesada: eu pedia, ele dizia que não, fingia uma birra, fingiamos amuo os dois e depois lá vinha o aumento, abraçado pelo genuíno e eterno amor paterno-filial.
Da minha parte, só tenho a dizer: Obrigado, pai, porque aprendi a negociar com a minha descendência!
Moral da estória? Sem saber explicar a razão, tudo isto me faz lembrar as pequenas discussões que tinha com o meu pai relativamente aos aumentos de mesada: eu pedia, ele dizia que não, fingia uma birra, fingiamos amuo os dois e depois lá vinha o aumento, abraçado pelo genuíno e eterno amor paterno-filial.
Da minha parte, só tenho a dizer: Obrigado, pai, porque aprendi a negociar com a minha descendência!
Post-Scriptum: Na minha caixa de comentários, por todas as razões que quiserem, não há nem haverá moderação de comentários.
Post-Scriptum 2: Um slogan de campanha: Liberdade de Expressão, Democracia em Acção.
17 comentários:
Bom postal e excelente defesa da liberdade de expressão.
JNAS
Falando em nome da quota feminina dos cobardolas do Metropolitano Açores, digo que tenho um grande carinho pelo francisquinho do papá. Ele e aqueles como ele que ultrapassaram pela direita (sem qualquer sentido ideológico) todos os outros socialistas a sério, que trabalharam e estudaram nos e para os Açores e que estariam mil vezes melhor preparados para fazer um bom trabalho na assembleia ou governo, contribuiram para a actual situação de implosão deste PS.
César pai, tentou garantir o futuro do seu filho, não se lhe pode censurar. No entanto, fê-lo às custas dos Açores, em 1º lugar, pois estamos a ser governados por meninos incompetentes e em 2º lugar às custas do próprio PS. A sucessão foi decidida pelo ditador, sem ouvir a ninguém excepto o interesse do seu sangue.
Eu faço a faxina em casa de um desses verdadeiros socialistas que hoje está encostado numa empresa pública. Apesar de ter um ordenado dez vezes maior que o meu, está triste e desapontado, pois ele próprio acha que poderia estar a contribuir para a construção dos Açores e sabe que não pode abrir a boca, pois têm filhos, que têm mulheres, que por sua vez, têm irmãos e irmãs, todos eles acabados de sair das universidades do facilitismo do tio socrates, ou em vias de. Por isso o meu patrão sabe que não pode abrir o bico, pois não há futuro para ninguém do clã.
Beijocas ao meninos da Máquina e já agora que o xiquinho do papá tenha boas férias e não venha com sotaque
Caro José Gonçalves, que texto esclarecido.
Não lhe dou muito tempo para aparecer por aqui o coleguinha do César Jr, Alexandre Pascoal, a defender o seu único amigo da bancada socialista e o seu queridinho twiter. [eu só digo isto porque vi o deputado Pascoal a defender o menino no blogue que o josé deixa em link]
César Jr. nunca teve patrão. Aliás o seu único patrão é o mesmo que lhe dava a mesada. Agora somos nós os contribuintes a pagar a choruda mesada ao menino. Por isso não é de estranhar que ele não perceba o que é ter de agradar ao patrão para sustentar a familia. Só assim é que o menino pode ridicularizar quem não mostra a cara por receio de represálias. Estas palavras “O meu patrão, se descobre, despede-me, e outras coisas tão ou mais engraçadas que nos trazem à memória outras histórias menos contundentes mas tão ou mais hilariantes”, só podem ser ditas por quem não sabe o que custa a vida.
Eu escrevo como anónimo porque tenho como patrão o pai do César Jr.
Se o menino tem dúvidas quanto a represálias ele que se informe junto do pai.
Viva a liberdade dos blogues. Nos jornais é raro lermos textos tão frontais.
Já agora, o menino pode-se informar também junto da mãezinha...ela também sabe qualquer coisa sobre represálias...
Excelente post.
Gostaria de ver o Pascoal ou o Francisco César contra- argumentarem. Com argumentos.
Mas como não é tarefa fácil acho que nem se vão dignar aparecer por aqui.
Vão continuar no Twitter a comunicar com a sociedade civil.
Esta coisa de blogs já não é suficiente para os seus crânios.
E então quando mete anónimos pelo meio é o diabo.
Mesmo que alguns anónimos digam muitas das coisas mais acertadas que se vão dizendo por aí.
Por mim nem quero saber quem matou a tuna ou quem dirige o metropolitano ou porque é que isso não dá pão. Analiso o que lá vem pela sua pertinência e acutilância.E se o que lá vem tem qualidade não os desvalorizo só porque desconheço os seus autores.
Para mim não vale menos que um post assinado no :ilhas ou no foguetabraze.
Como não há duas verdades, desta vez a realidade está com o autor deste lúcido post.
E o pormaior da mesada que agora é paga ao Francisquinho pelos contribuintes está bem apanhada. Como o menino não conseguiu acabar o curso superior (claro, quem sai aos seus não degenera) antes que o papá voe para Lisboa, é bom assegurar o tachinho ao rapazolas.
e como diz o fiat lux, seria conveniente que alguém viesse aqui defender o indefensável. Mas não, preferem fechar-se no seu círculo do twiter (uma espécie de mensager para adultos e limitado a 140 caractéres e sem contra-argumentação) e não terem de enfretar o dabate sério.
Esses deputadozecos são uma cambada de incultos e lambe-botas.
Com rapazinhos de papá, que nunca fizeram dada ( bem feito) na vida se diz andar a construir uma região, mas que modelos que nos arranjaram, é por isso que a abstenção há-de ser cada vez maior, de tal forma que o papá democrata já advoga o voto obrigatório, enfim ! socialistas de conveniência, grandes defensores da sua região estomacal.
Eu não compreendo a razão que leva um deputado a escrever um artigo no jornal sobre este assunto. Que diabo, não terá mais nada que falar? Não tem opinião sobre os milhões de dinheiros públicos afundados na política de transporte marítimo? Não tem opinião sobre as invasões de propriedade privada que euroscut tem feito? Mais, não tem opinião sobre a destruição em massa da nossa natureza pela mesma euroscut?
Até seria compreensivel que o sr. deputado entrasse sobre o assunto do anonimato na blogosfera, mas apenas se ele tivesse sido alvo de uma calúnia infâme, ou dum boato vil. Que se saiba, ninguém ou nenhum blogue açoriano (ou não) afirmou nada fora do normal. Assim sendo, a única leitura possível daquele artigo será a de tom ameaçador.
Inexplicável, absurdo e triste.
Caro José,
como quem cala consente, a única coisa que me apraz dizer é; Liberdade de expressão, Democracia em acção.
cumprs.
O papá não queria o chiquinho a polir calçada como muitos licenciados e trabalhadores indeferenciados por esses Acores fora!. Mesmo tendo um filho sem ter acabado o curso,usou toda a sua influência no Partido para dar um tacho ao seu filhinho; nada de mais a protecção aos seus, mas faça-o à sua custa e não de todos nós. Assim também é fazer falcatruas,não é só a comprar diplomas como dizem que o maioral fez (Sócrates - só de nome. Basta!!!
Aconselho também uma visita ao blogue Candilhes para ler o que escreveu o Jordão sobre o mesmo artigo que o senhor José Gonçalves cita. Vale a pena. São estilos diferentes mas que acabam por dizer o mesmo.
Caro José Gonçalvez
Só agora tive oportunidade de ler o seu post, um verdadeiro hino à liberdade de expressão. Pena este texto não estar em maior destaque no Máquina de Lavar, tendo sido remetido para segundo plano, por outro post acima colocado, será que foi propositado?
Faço um convite a ler a nossa justificação para o nosso anonimato.
EdDaT
inginheiro, mas só de nome, porque no resto uma rotunda besta mal-educaca
hummm... Uma rotunda mal-educada...!!??? É uma forma de controlar o trânsito mas com classe. Você é semaforo com cor-de-rosa, não avança mas também não deixa avançar.
Olha, olha, o Engenheiro,
como só tem net no serviço, só hoje veio aqui ao "máquina de lavar", e em lugar de comentar o post supra, preferiu fazer um elogio - que aliás é merecido - ao post do meu colega e amigo, José.
Se calhar queria que eu lhe pedisse autorização para colocar um post aqui.!?
Interessante é não se demarcar daquilo que escrevi no post. A "faxineira" lá do "Metropolitano Açores" já disse de sua justiça, mas você preferiu calar e, talvez, consentir.
Continuarei atento à vossa escrita, e logo verei se tenho de dar a mão à palmatória.
Simplesmente não li o seu post, passei à frente. Não vale a pena, querem entender ...caso contrário.
Pois é, caro engenheiro,
preferiu a etiqueta deste post do meu amigo José, que lhe serve na perfeição: "o hábito faz o monge". ;)
Enviar um comentário