Era uma vez um programa televisivo chamado Clube de jornalistas. Passava num canal com pouca audiência, a uma hora pouco convidativa, sendo visto, provavelmente, por dois ou três curiosos e pelos familiares dos convidados semanais.
Só por isso, deviam dar-lhe pouca importância. E, de facto, davam, e, verdadeiramente, tinha-a, pois pouco ou nada de realizável propunha ou dali se retirava.
Até que, um dia, nele participou o senhor Arons de Carvalho (com um elucidativo esclarecimento ao minuto 21) e, no mesmo, se impôs o senhor Jorge Wemans, com os três minutos iniciais a mostrarem como funciona a democracia de asfixia, como, na altura, escrevi.
Atenta a coragem do jornalista, protestando corajosa e publicamente, contra a inverossímil intromissão do senhor Wemans, pensei, na altura, que o mesmo iria às malvas. De facto, foi, devidamente acompanhado pelo programa.
Moral da história: afinal quem se mete com o poder... leva!
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