O Canal 1 da RTP apresentou um documentário sobre a morte de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa que revelou a todos os portugueses aquilo que a VIII Comissão Parlamentar de Investigação sobre este assunto, liderada por Nuno Melo (CDS-PP), já tinha concluído: um engenho explosivo de baixa capacidade esteve na base da queda do avião em Camarate.
Segundo essas mesmas conclusões, Sá Carneiro foi apenas um dano colateral, pois o atentado era dirigido a Amaro da Costa. Sobre toda a conspiração, que envolve tráfico internacional de armas, um suicídio (quiçá provocado) dum jornalista da TVI já em 2000 e muitas outras peripécias, é bom consultar este site.
Apesar do caso estar arquivado, apesar de não parecer, pois ninguém fala no assunto, a verdade é que tudo indica que o Primeiro Ministro de Portugal foi assassinado no ano de 1980. Tal como Kennedy nos EUA, pode-se apenas especular sobre como seria Portugal hoje caso Sá Carneiro não tivesse morrido.
Segundo essas mesmas conclusões, Sá Carneiro foi apenas um dano colateral, pois o atentado era dirigido a Amaro da Costa. Sobre toda a conspiração, que envolve tráfico internacional de armas, um suicídio (quiçá provocado) dum jornalista da TVI já em 2000 e muitas outras peripécias, é bom consultar este site.
Apesar do caso estar arquivado, apesar de não parecer, pois ninguém fala no assunto, a verdade é que tudo indica que o Primeiro Ministro de Portugal foi assassinado no ano de 1980. Tal como Kennedy nos EUA, pode-se apenas especular sobre como seria Portugal hoje caso Sá Carneiro não tivesse morrido.
2 comentários:
Embora no início da adolescência, ainda me lembro, como se fosse hoje, do choque sofrido lá em casa, quando se soube da notícia.
Ao longo da década de 80, acompanhei, a par e passo, nos semanários, a história, as várias pistas, os nomes, as comissões parlamentares, a coragem de Vera Lagoa em não deixar a história morrer, lutando contra os poderes instalados. Li tudo o que se escreveu, até os despachos judiciais, e lembro-me de achar estranho como todos se afastaram do essencial e se centraram numa divisão ideológica. Para a esquerda, era acidente; para a direita, atentado. Lembro-me, até,de que houve uma comissão parlamentar (salvo o erro a IV) que, por unanimidade, chegou à conclusão de que fora um atentado e, aquando da apresentação do relatório, a direcção de, pelo menos, um partido ter obrigado o(s) deputado(s) a mudar(em) o sentido de voto.
Lembro-me dos vários entraves que vinham a público para impedir o apuramento da verdade, sempre na ânsia da prescrição.
Lembro-me, também, do sentimento popular e da sua convicção maioritária.
Hoje, trinta anos depois, mesmo não sabendo o que teria acontecido ao país se Sá Carneiro e Amaro da Costa anda fossem vivos, não tenho qualquer dúvida de que estamos a falar de homens e políticos íntegros, com uma coragem inabalável e um sentido de Estado acima de qualquer mesquinhice pessoal. Exactamente o contrário do que vivemos actualmente. Os políticos actuais, especialmente os que exercem o poder, deveriam olhar para trás e, ao menos uma vez na vida, pensarem no exemplo que estes dois Homens lhes oferecem. Ainda por cima, é gratuito.
* Hoje, lucidamente, acho que foram assassinados, por muitas teses aeronauticas que me apresentem, e o motivo já era falado na época
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