A semana que passou ficou marcada pela discussão e aprovação do Orçamento da Região para o ano de 2011. Em traços gerais, o Orçamento apresenta mais do mesmo, em relação ao que tem sido a política recente seguida nos Açores, bastando, para tal, dizer que 45% do Orçamento destina-se a cobrir as despesas de funcionamento dos diferentes organismos e que 22% destina-se a garantir as despesas com pessoal. Ou seja, a máquina governativa nos Açores manter-se-á grande, muito grande, a absorver quase metade do Orçamento regional.
O sinal é claro: o Governo faz questão em ser o principal empregador na Região, monopolizando e fazendo depender de si próprio um enorme número de famílias açorianas. Este é o maior Governo de sempre, com secretarias, direcções, observatórios e empresas públicas, muitas empresas públicas, que têm administradores, presidentes, vogais, assessores, secretárias, que ocupam espaço, que consomem energia, água, bens informáticos e tudo mais que é necessário ao seu funcionamento. Basta dizer que em 1996, quando Carlos César chegou ao poder existiam 13 empresas públicas, actualmente são 63. Mais, em 1996 o Governo era composto por 6 secretários regionais, hoje são 12. No entanto, e porque os serviços e organismos públicos da região, à excepção de um ou outro, não produzem riqueza, o caminho é endividar, de modo a manter o monstro vivo. E quanto mais o monstro come, maior fica e mais precisa para se manter.
E foi exactamente no debate sobre o Orçamento da Região, na casa da Democracia Açoriana, que se ficou a saber o enorme buraco de dívida em que o PS meteu a Região. O deputado Duarte Freitas do PSD fez as contas e chegou à conclusão que, ao todo, os Açores devem 2.5 mil milhões de euros.
Claramente tocado e afectado perante a enormidade que os números revelam, Carlos César tentou justificar-se, usando, para tal, uma outra técnica antiga, a descredibilização da oposição. Mas desta vez o tiro, e usando as palavras do próprio César, “feitiço virou-se contra o feiticeiro”. É que, na verdade, o que César fez não foi mais do que comprovar as contas que o PSD havia apresentado.
Mas vamos aos números para que não restem dúvidas. É o próprio Carlos César que diz que a dívida Açoriana era de Mil e quinhentos milhões de euros, à data do final de 2009. Acrescente-se a esse valor, as parceria público-privadas, que custam 450 milhões de euros e onde se incluem os 350 milhões que custarão as SCUT em São Miguel e chegamos a um valor próximo dos 2 mil milhões. Ora, se estes valores reportam-se ao final de 2009 e tendo em conta o crescimento consistente que se tem observado nos passivos nos últimos anos, é apenas normal que o valor da dívida dos Açorianos seja hoje os tais 2 mil e 500 milhões de euros.
Agora, duas questões levantam-se, que respondidas, permitem-nos compreender a verdadeira prioridade deste governo do PS. Em 1º lugar, o que se conseguiu com este endividamento? Quem beneficiou? Estou certo que a larguíssima maioria dos açorianos está pior hoje do que estava há dois ou três anos atrás. Os preços estão mais altos e os nossos rendimentos ou mantiveram-se, ou desceram. Por outro lado, o desemprego está a atingir números nunca vistos nos Açores. Portanto, este brutal endividamento não beneficiou a população dos Açores. Em 2º lugar, porque razão o Governo escondeu durante tanto tempo esta realidade relativa ao endividamento? Há requerimentos feitos na Assembleia Legislativa Regional a pedir as contas das empresas públicas dos Açores que simplesmente não têm resposta. Quando alguém esconde o que quer que seja, é porque sabe que está errado.
Tal como Sócrates no continente, César nos Açores governou mal e apenas para alguns. Os Açorianos, além de terem menos dinheiro no bolso, têm uma dívida tremenda em mãos. Não nos podemos iludir mais: esta dívida é nossa, apesar de não tirarmos proveito dela, somos nós, os nossos filhos e netos que a terão de pagar!
Está a cair de podre.
O sinal é claro: o Governo faz questão em ser o principal empregador na Região, monopolizando e fazendo depender de si próprio um enorme número de famílias açorianas. Este é o maior Governo de sempre, com secretarias, direcções, observatórios e empresas públicas, muitas empresas públicas, que têm administradores, presidentes, vogais, assessores, secretárias, que ocupam espaço, que consomem energia, água, bens informáticos e tudo mais que é necessário ao seu funcionamento. Basta dizer que em 1996, quando Carlos César chegou ao poder existiam 13 empresas públicas, actualmente são 63. Mais, em 1996 o Governo era composto por 6 secretários regionais, hoje são 12. No entanto, e porque os serviços e organismos públicos da região, à excepção de um ou outro, não produzem riqueza, o caminho é endividar, de modo a manter o monstro vivo. E quanto mais o monstro come, maior fica e mais precisa para se manter.
E foi exactamente no debate sobre o Orçamento da Região, na casa da Democracia Açoriana, que se ficou a saber o enorme buraco de dívida em que o PS meteu a Região. O deputado Duarte Freitas do PSD fez as contas e chegou à conclusão que, ao todo, os Açores devem 2.5 mil milhões de euros.
Claramente tocado e afectado perante a enormidade que os números revelam, Carlos César tentou justificar-se, usando, para tal, uma outra técnica antiga, a descredibilização da oposição. Mas desta vez o tiro, e usando as palavras do próprio César, “feitiço virou-se contra o feiticeiro”. É que, na verdade, o que César fez não foi mais do que comprovar as contas que o PSD havia apresentado.
Mas vamos aos números para que não restem dúvidas. É o próprio Carlos César que diz que a dívida Açoriana era de Mil e quinhentos milhões de euros, à data do final de 2009. Acrescente-se a esse valor, as parceria público-privadas, que custam 450 milhões de euros e onde se incluem os 350 milhões que custarão as SCUT em São Miguel e chegamos a um valor próximo dos 2 mil milhões. Ora, se estes valores reportam-se ao final de 2009 e tendo em conta o crescimento consistente que se tem observado nos passivos nos últimos anos, é apenas normal que o valor da dívida dos Açorianos seja hoje os tais 2 mil e 500 milhões de euros.
Agora, duas questões levantam-se, que respondidas, permitem-nos compreender a verdadeira prioridade deste governo do PS. Em 1º lugar, o que se conseguiu com este endividamento? Quem beneficiou? Estou certo que a larguíssima maioria dos açorianos está pior hoje do que estava há dois ou três anos atrás. Os preços estão mais altos e os nossos rendimentos ou mantiveram-se, ou desceram. Por outro lado, o desemprego está a atingir números nunca vistos nos Açores. Portanto, este brutal endividamento não beneficiou a população dos Açores. Em 2º lugar, porque razão o Governo escondeu durante tanto tempo esta realidade relativa ao endividamento? Há requerimentos feitos na Assembleia Legislativa Regional a pedir as contas das empresas públicas dos Açores que simplesmente não têm resposta. Quando alguém esconde o que quer que seja, é porque sabe que está errado.
Tal como Sócrates no continente, César nos Açores governou mal e apenas para alguns. Os Açorianos, além de terem menos dinheiro no bolso, têm uma dívida tremenda em mãos. Não nos podemos iludir mais: esta dívida é nossa, apesar de não tirarmos proveito dela, somos nós, os nossos filhos e netos que a terão de pagar!
Está a cair de podre.
1 comentário:
Tens razão.
Só em Ponta Ponta Delgada temos dívidas até 2075.
No lugar das «bertinhas» ainda vamos ver carroças puxadas por bois do «ramo grande» dum lado para o outro.
Aqueles bois da festa do Espírito Santo ainda vão dar um jeitão à autarquia!
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