15 dezembro 2010

César e os seus 3700 funcionários contra todos Açorianos

Como não poderia deixar de ser, o Representante da Republica vetou o absurdo que era o regime compensatório. E a sua declaração de veto é simplesmente certeira. E não vale a pena levantarem os habituais fantasmas do centralismo e tudo mais, que isso é fugir ao assunto, comprovando apenas que a medida é errada e discriminatória.

Vejamos alguns pontos da declaração do Representante da Republica:

2. Antes de mais, quero fazer a precisão de que a minha discordância, expressa neste veto, não se dirige ao Orçamento, qua tale, que esse não discuto, mas apenas à norma do artigo 7º. do diploma que o aprovou e que cria uma … “remuneração compensatória

4. (...) Os órgãos de Governo Regional agiram aqui no desenvolvimento e na efectivação de um compreensível impulso de protecção dos seus funcionários mais carenciados e afectados pelo corte salarial decretado no Orçamento Nacional. Só que isso é uma parte da realidade, que sendo relevante, silencia ou despreza a outra parte da realidade nacional envolvente. Na verdade, afronta injustificadamente as situações paralelas e similares dos funcionários atingidos pelo rigor do orçamento nacional, alguns dos quais a prestar serviço na Região, e bem assim, muitos dos funcionários da Administração Local.
Enquanto a medida discriminatória e profundamente injusta, se não mesmo de incompreensível egoísmo.

5. E não vale argumentar com a penosidade do trabalho nos Açores, pelo isolamento, pela onerosidade que a distância agrava, enfim por aquilo a que vulgar e repetidamente se chamam os preços, os custos e os sacrifícios da insularidade. Tudo isso é exacto, mas aceitável e atendível noutros planos, onde, aliás há muito se vêm praticando efectivamente medidas de compensação, protecção, apoio e incentivo de efeitos mais generalizados e abrangentes.

6. Nem se diga que a remuneração compensatória não custa um cêntimo ao Orçamento Nacional ou ao contribuinte continental. É uma afirmação superficial e de validade apenas formal.
Mas também não pactuamos com a queixa e o lamento de séculos, que, por isso mesmo já entrou no imaginário político açoriano, de que tudo o que de nefasto acontece nos Açores é fruto de um centralismo cego e anacrónico. Não se nega a existência esporádica de motivações centralistas e preconceituosas. O centralismo existe, efectivamente. E curiosamente, e por ironia, alimenta-se de situações como esta.

7. (...) Não é uma mera situação de dificuldade conjuntural e transitória que podia consentir ou justificar tratamentos e soluções diferenciados que a própria dimensão da Autonomia legitimaria.
Não é disso que se trata. Trata-se antes de uma situação de catástrofe nacional, da responsabilidade de muitos – ou de todos – ao longo dos tempos que pode arrastar Portugal para o descrédito, a miséria, a bancarrota.
(permita-me o Sr. Representante fazer uma correcção, é que esta situação de miséria está a acontencer devido mesmo só a alguns, aos que estão há 15 anos seguidos no poder, o PS. No continente desde 1995, com um intervalo de 2 anos e aqui nos Açores desde 1996).

Insistir nesta medida será uma irresponsabilidade, um absurdo. É mais que evidente, e temos dizer as coisas com as letras todas, esta medida era para proteger alguns boys que já ganham bem e que trabalham para o Governo. É para isto que queremos fazer uma guerra com o continente?!? Imagine-se cada vez que Bruxelas puxa as orelhas a Portugal sobre maus gastos, se se pensasse logo em centralismos e independências! Se se queria amenizar os efeitos da crise nos Açores, porque não aprovar a proposta do PSD de redução do IRS que abrangia todos por igual? Eu respondo. Porque não. Porque o PS faz política pequena. É do contra, porque sim. Pronto.

Para mais, este PS defensor da Autonomia não pega. Foi este mesmo PS que abandonou a sala da Assembleia na altura da votação dos símbolos heráldicos da Região! Porque na altura era o que mais lhes convinha. Agora convém fazer isto. É tudo conveniências. O objectivo é só ajudarem-se a si próprios. Porque o PS-Açores aprovou o Orçamento de Estado para 2011, mas é o primeiro a não cumprir.

Carlos César está cada vez mais sózinho. É um agonizante definhar, em que parece que já percebeu que vai cair, mas que vai levar consigo os Açorianos. Neste caso, claramente, tentou fazer o que sempre fez, dar um extra aos seus, mas a situação virou-se contra ele. Este tipo de problema já foi diagnosticado há muito tempo por Platão n'A Republica: "o tirano precisa de identificar - ou de fabricar - um inimigo comum ao seu povo, para se manter no poder, ou reforçá-lo."

Os Açores, os Açorianos, não mereciam isto!

25 comentários:

Marco disse...

BINGO!!!!

Anónimo disse...

Mas será que está tudo doido? Como é possível haver sequer pessoas nos Açores que se coloquem ao lado de cesar nisto? Está mais que visto que isto foi uma benece dada aos boys e agora temos que ser nós todos a defender isto? A partir de janeiro eu vou pagar mais impostos, tudo mais caro e estes meninos vao se manter. Ao menos a cobertura do estádio era para gente de todos os estratos socais...

fora com esses sanguessugas!

Anónimo disse...

Gostei da citação de Platão. Define bem César. Está na altura de o mesmo fazer a fotografia de familia Sauzescu a desejar um bom Natal do Carlos e da Luisa. Com o nosso dinheiro e o simbolo do partido atrás.

Anónimo disse...

como preguntou o seu colega de blog é precizo saber quem pagou as despesas da mulher na Terceira

Anónimo disse...

OS AÇORES SÃO DOS ACORIANOS JÁ BASTAM 500 ANOS.
INDEPENDÊNCIA

Pedro Matos disse...

Os Açores foram independentes nos ultimos 500 anos?? Não sabia.

Além da estupidez/ignorancia, este comentario revela exactamente o que os 3700 socialistas que ainda acreditam no pai natal cesar pretendem: mudar o assunto e criar o tal fantasma, para manter o tipo no poder. Estao mal enganados, que ja nninguem cai nisso.

Anónimo disse...

MNA/FLA
MAF
MSE
TRÊS MOVIMENTOS UM SÓ OBJECTIVO!
INDEPENDÊNCIA

Anónimo disse...

Para além deste absurdo existem outros mais, são as mensalidades por aluno do Colégio do Castanheiro, deve haver por lá muitos filhos de BOYS...

Anónimo disse...

Os comentadores mais me parecem cuscas a lavar roupa suja em tanques públicos.Mas, neste caso, sujam, sujam e não detergente que lhes valha.Nem a língua escapa.
Ideias, sim ideias zero.
Limitam-se a um "botabaixismo" populista e saloio.
Parecem-me o reflexo de alguém que não tem nada que fazer ou não quer fazer nada e se entrém fazendo passatempo de coisas e assuntos muito sérios.
Não se esqueçam de lavar os dentes.

Anónimo disse...

Conclusões do problema, a partir da declaração do Representante da República:

1 - César só pensa em si
2 - Se convier César pensa nalguns (amigos)açorianos
3 - César prejudica os açorianos
4 - César é anti-açoriano
5 - César prejudica a Autonomia
6 - César prejudica as relações entre a Região e o Governo Nacional
7 - César não é solidário com o Todo Nacional
8 - César prejudica o País
9 - César devia demitir-se
10 - César é um problema para os Açores e as suas relações com a República

Anónimo disse...

Os ignóneis do PPD bem que gostam de anunciar à boca grande e fazer parecer que as indemenizações compensatórias são só para os amigos do César, e vós cabrões empregados na CMPD ou nos tachos à sua volta nomedamente as empresas municipais. Bando de cães que cata as migalhas. A líder volta a ficar sem voz, ou o que diz é oco e sem sentido. Cavaco já mostrou que para os Açores haverá sempre uma mão a estender para dar uma bofetada.
Se tudo isto se passasse na Madeira, o Sr. Silva e os seus amigos ficavam caladinhos.

Anónimo disse...

Os argumentos caem pela base quando o César diz que as EP não têm direito. Então os hospitais não são EP's? E estão abragidos. O mais triste é que o César não se lembrou dos milhares de desgraçados do sector público que ganham menos de 1000 euros. Grande democracia a de César.

Anónimo disse...

Mal aventurados os pobres de espirito e de bens materiais porque deles não é o reino de César

Eu quero é ganir! disse...

César é um problema, mas é para os PPDs apalhaçados e para a D.Berta.

Ela que espere sentada para chegar a Presidente...da Junta...

Anónimo disse...

César é um problema para ele própio mas isso pouco importa. São problemas de casa. o pior é estar a dar cabo dos Açores e da imagem dos açorianos. E não esquecer os votos do rendimento minimo, a sua ação para que se deixasse de trabalhar porque ele daria o dinheirinho dos contribuintes. Eis o amor de César pelos Açores: desbaratar dinheiro.

Cicero Tullius disse...

Antes morrer livres que em paz viver sujeitos

Euclides Cabral disse...

Aguenta César, os PPDs estão raivosos como cães!

Epaminondas disse...

Cicero Tulius

Também acho, lutar contra César para morrermos livres. Não somos uma manada.

Alguém viu o Mota Amaral? disse...

E o Mota Amaral?

Sim, o Mota Amaral do «69»!

Onde está ele?

Ele ainda é deputado ou já se reformou da politica?

Na comissão de honra do Cavaco, o que é que ele faz?

É mestre de cerimónias do neo-colonialimo da tugalândia?

Anónimo disse...

Como não anda a declamar Camões atrás do pateta alegre, logo, está de perfeita saude e recomenda-se, sempre lembrando que a Lady Gaga também é curiosa.

Canta Alberto! disse...

O tanjão do Jardim acaba de citar (no telejornal da RTP-Açores) os versos de Manuel Alegre na Assembleia Regional da Madeira.

Ainda vamos ver o Jardim a apoiar o Manuel Alegre.

Quando o Cavaco for reeleito e puser em S.Bento um primeiro-ministro obediente, o João Alberto vai ganir como um cão!

Anónimo disse...

Cubanos daqui para fora!!!

Anónimo disse...

Parece que o pateta alegre é traidor da pátria

Osvadle Cabrá disse...

Barata a Presidente, já!

Barata escuta, os Açores estão em luta! disse...

O Barata tá cheché.

Foi lá fazer um frete ao Cavaco e à Berta.

E diz o gajo que é «nacionalista»...

Só se do Nacional da Madeira!